quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O Lobo de Éter


Obs.: Este conto é baseado na serie Dragões de Ether de Raphael Dracco.

O Lobo de Ether

     Imagine um lugar onde todos os sonhos tomam forma, onde seu pensamento te fez um Deus, mesmo que nunca esteja lá, você sabe, pois seu coração queima com esta chama, onde você dá vida a coisas que sempre quis ser, ou coisas que nunca quis ver, onde você pode ver cavaleiros, lutando ao lado deles, caçadores soturnos, e lutadores de mãos nuas, mas não monges, como boxeador. Um lugar onde plebeus se tornam reis por bravura, mas não quero falar de reis e príncipes isso já esta da historias de Nova Ether, neste lugar existem fadas amazonas criadas para testar cada habitante do reino, onde algumas fadas caem por não achar os seres dignos de tal dádiva, se tornam bruxas negras, ou apenas fadas caídas, também temos bruxas negras e brancas, vai se saber quem é quem.
Hoje quero falar de um jovem que sobreviveu três vezes a morte certa, para poder chegar ao seu sonho de ser um cavaleiro, porém sua vida nunca foi e num será igual às outras, pois ele é o Lobo do Ether, um cavaleiro de Hellsing, seu nome é João Hanson.
     João cavalgava voltando de Minotaurus para casa ele queria se deitar com a sua amada Ariane, talvez a maior bruxa de Nova Ether, me esqueci de dizer que o trabalho que João Hanson faz: ELE CAÇA BRUXAS.
     Mas um Cavaleiro de Hellsing nunca descansa e antes de chegar à sua casa, foi abordado por um escudeiro que lhe trouxe uma mensagem, nesta mensagem ele deveria ir as Sete Montanhas falar com os mestres anões sobre uma estranha forma de vida que estava atacando naquela área.
     - Era tudo o que queria! Ter de voltar para estrada, antes mesmo de chegar a casa. Ainda mas para lidar com aqueles malditos anões, principalmente o Ira, eu ainda tenho contas a acertas com aquele miserável. Isso não é mais uma piada? É escudeiro? João não estava usando seu famoso elmo com a face de um lobo branco, sendo assim o escudeiro pode ver as presas de João saindo pelos cantos da boca, uma gota de suor frio escorreu pelas costas do pobre escudeiro.
     - Senhor foi o próprio Rei que me entregou a mensagem, juro pelo Semi Deus que não é nenhuma piada. O pobre tremia dos pés a cabeça, João olhou e sorriu sabia o que era aquilo havia passado ele mesmo por aquilo, e sabia que era muito bom para o caráter dos escudeiros, o medo e a convicção mesmo que falsa a face da morte.
     - Escudeiro avise ao Rei Branford que estou a caminho, avisei a minha senhora que eu não voltarei para casa agora, avisei a minha irmã que levarei o presente de meu sobrinho depois. João virou o cavalo e se foi o escudeiro sorriu, pois aquele homem era sem sombra de duvidas o homem mais estranho de todos os cavaleiros, porém nunca se viu alguém tão capaz de sobreviver a todos as coisas que o mundo poderia lançar sobre ele, João Hanson era o maior exemplo para este escudeiro que se chamava Guy Fawkes...
     Por dias o Lobo do Ether cavalgou com poucas horas de descanso, até as montanhas, encontrou varias vilas e em todos os lugares que chegava era temido e adorado, até que chegou aos pés das Sete Montanhas, ao chegar lá ele logo viu o maldito anão que lhe dava medo o Anão que chamavam de Dunga, aqueles trajes em farrapos, aqueles olhos cinza, aquele maldito silencio...
     - Onde estão os outros anões? Perguntou João, mas sabia que não receberia nenhuma resposta, silêncio era sempre a mesma coisa, por que os Semi Deuses sempre faziam com que ele se encontrasse com ele, o mais mórbido, o comandante dos mortos, o que não pode ser tocado. O Anão apenas apontou para a montanha, João sabia que aquilo não era nada bom, escalar uma daquelas montanhas seria impensável, escalar todas seria impossível, assim João se foi sem ver o Mestre Dunga desaparecer como fumaça no ar, como se nunca tivesse estado ali ou como se fosse apenas um fantasma...
     João cavalgou até ver algo que congelou seu sangue, um Mestre Anão caído, morto no chão, nunca tinha visto um daqueles Anões derrotados, agora estava ali olhando um corpo de bruços, em uma poça de sangue, ele desmontou de seu cavalo e caminhou até o corpo, precisava saber qual dos outros seis Mestres era o corpo, porém quando virou o corpo não tinha face, apenas um buraco.
Um arrepio correu o corpo de João, seu nariz sangrou e ele soube, havia magia negra ali, seus olhos varreram toda a planície e ele viu um cavaleiro totalmente vestido de negro com um tipo de homens enormes presos em correntes, estes homens eram estranhos tinham orelhas pontudas e presas, o cavaleiro era menor que os seres na corrente e portava uma espada longa de uma mão com um rubi na ponta do punho, usas manoplas estavam sujas de sangue e sua armadura com muitos arranhões, ele havia batalhado e muito pelo visto, João correu contra ele sacando usa espada longa, o cavaleiro apenas soltou uma das correntes à coisa correu na direção de João que se lançou no chão e deixou que os monstro empurrasse suas entranhas na lâmina, o cavaleiro deu uma gargalhada por trás do elmo sem expressão.
     - Então o Rei Anísio mandou o Lobo do Ether atrás de mim, que honra João Hanson, o menino da casa de doces, da mesa de Arthur, o defensor da Rainha quando ainda era um escudeiro, o Homem do Corpo fechado. A voz do cavaleiro fez João parar quem seria o homem que tanto sabia dele, seria um feiticeiro que tenha escapado dele? Um antigo inimigo que não caiu sobre sua espada? Ele não teve tempo para pensar, pois os seres se lançaram contra ele em uma velocidade incrível, João rolou do cavalo caindo em postura de combate, porém seu cavalo não teve a mesma sorte, e antes mesmo de bater no chão estava morto com a garganta dilacerado pelos estranhos seres...
- Quem é você? E por que ataca os mestres anões?
     Mesmo combatendo aqueles seres João queria saber quem era o ser com poder para matar um mestre das Sete Montanhas, Aqueles que carregavam a Virtude e o Pecado, mas não obteve resposta, João foi lançado de encontro a uma cerca de madeira por outros dois seres, a velha cerca não aguentou o impacto e assim ele a atravessou... Em meio à batalha ele viu o Cavaleiro se distanciando, porém ele não podia segui-lo os monstros estavam sobre ele, tentando morde-lo na garganta, na face e onde mais pudessem enterrar suas presas, João pegou uma pedaço de madeira pontudo e enterrou no olho de uma das criaturas, matando, com muito esforço pode retirar a outra de cima dele e se levantar, estando de pé foi mais fácil matar a outra criatura, porém sabia que não alcançaria o Cavaleiro estando ele a pé, mesmo assim correu, talvez como poucas vezes havia corrido na sua vida, ele sentia os pulmões queimarem, senti cada músculo de seu corpo doer, mas tinha uma obrigação e não voltaria até saber de tudo que acontecia ali, porém um grande estampido o atingiu, ele pode sentir o ar fugindo como um bicho assustado de onde o som veio ao se aproximar mais ele pode ver, mas mesmo assim não pode crer, o Cavaleiro combatia o Mestre Ira, um golpe foi o que o Mestre Ira precisou para colocar o Cavaleiro de joelhos, João suspirou, pois ninguém se levantaria depois de tão poderosos golpe, era só dar o último golpe, porém novamente seus olhos deveriam estar a zombar dele, pois o Cavaleiro segurou com apenas uma das mãos o golpe de Ira, nem mesmo o próprio Ira pareceu crer, seu martelo se desmanchou como se o palma da mão fosse mais resistente que a força do martelo, naquele momento João temeu por cada pessoa do Arzallum, não conhecia nada mais forte que a ira do Mestre Anão, os segundos seguintes se arrastaram, pois ele viu a espada escarlate do Cavaleiro entrar na barriga do Anão, a espada brilhou e o corpo de Anão explodiu, voando pedaços em todas as direções, João estava petrificado de terror, o Cavaleiro olhou na direção dele e ele sabia que era exatamente para ele que estava olhando.
     - Sabia que venceria meus servos, porém esperava já ter ido quando já houvesse terminado realmente você merece tudo que conquistou João. Disse o Cavaleiro, sua voz era fria e familiar. – Vim em uma missão e conclui, você acabou de ver apenas uma parte de meu poder, sabe que não pode me vencer, sou infinitamente mais forte que você, pois para as bruxas que caça você é o temível Lobo de Ether, mas para mim e frente ao meu poder você é apenas um filhote, grande e forte para sua idade, mas mesmo assim um filhote, se passar dos estilhaços do martelo de maldito anão, terei de vencê-lo e não vai ser de maneira gentil, vá Sir Hanson diga ao Rei dos Reis que apenas encontrou os corpos dos sete mestres anões, pois sim matei cada maldito anão que ficou em meu caminho, não gostaria de matar você, meu caro...
     Por mais que João não quisesse parte de sua alma queria aceitar o que o Cavaleiro falo, nem mesmo com toda sua tropa poderia vencer, ele mesmo já tinha visto o Mestre Ira dizimar batalhões inteiros e o Cavaleiro o matará em no máximo em quatro golpes, mas João tinha uma nome a zelar, o nome de seu pai, que venderá a alma pelas vidas de Maria e a dele, ele caminhou devagar com a espada riste, sua mente estava em sua mulher Ariane, e o fato que pretendiam ter filhos, fortes e lindos como ela, era o desejo de João, mas ele jurará que continuaria caminhando a todo custo, ele deixou se envolver pela Fada Caída, não recuaria agora.
     - Renda-se e eu talvez peça pela sua vida, lute comigo e saberá por que o Nome de Lobo me foi dado... Ele não poderia vencer em combate direto, quem sabe sua tão grande sagacidade não resolvesse o seu problema, com a velocidade de um pensamento, João sentiu sem peitoral amassar e comprimir seu peito, ele voou uns quinze metros antes de se chocar a uma árvore, com sangue saindo pela sua boca, ele tentou se levantar mais o a Cavaleiro colocou o pé sobre seu troco.
     - Por que demônios você nunca soube ficar quieto João, volte para sua mulher, tenha filhos, aqui se levantar sua espada só achará dor e morte, isso lhe garanto, não haverá a quarta escapada da morte, vou lhe fazer um favor. O Cavaleiro se pós a esmurrar a face de João com tanta velocidade e força que logo a inconsciência veio a João.
     Ao despertar, ele mal enxergava, e não sabia quanto tempo ficará dormindo, mais ele ainda podia sentir o cheiro de seu algoz, e cambaleando resolveu perseguir o Cavaleiro mesmo que isso levasse anos, ele nunca havia deixado uma missão incompleta, não seria agora que faria isso, não com um novo Hanson no mundo, ele devia isso a Maria, as almas de seu pai e de sua mãe, ninguém falaria mal de um Hanson... Nunca. Foi quando novamente a figura maltrapilha de Mestre Dunga apareceu de trás de uma casa, João parou, sabia que ele havia morrido, por que os malditos mortos sempre estão atrás de Ariane e dele?
     - Diga o que quer Mestre Anão, e logo após irei atrás de seu assassino. Ele se afastou uns passos e apontou para o elmo de João jogado no chão, o Lobo do Ether apanhou o elmo, estava a poucos passos de espírito isso o incomodava bastante, mas nada que ele não tivesse vivido antes, ao colocar o elmo, um sequência de imagens, ele viu a morte de cada Mestre Anão pelos olhos de cada mestre, e ouviu seu último pensamento e todos eram iguais, duas únicas frases: “Quem afastará a Bruxa depois que nos formos nunca houve a morte dos sete ao mesmo tempo...” Tanto Ira procurou um rival à altura que ele fez um monstro que não pode ser detido...“
     Mesmo Ira se culpava por tudo que estava acontecendo, porém, ele tinha algo a mais, algo que João não conseguiu entender, como se mesmo ali as portas da morte, ele estava decepcionado, mas por quê? Este pensamento atormentou João por dias de caminhada, até que viu um casebre, e resolveu descansar, ao entrar nele, pode sentir o cheiro forte do Cavaleiro, ele estivera ali há poucas horas, mas seu corpo precisava de descanso, ninguém conseguiria ficar quatro dias de marcha redobrada, mas Sir João Hanson, o Lobo de Ether não era igual a nada que Arzallum tinha visto, talvez tenha algo próximo a João, o Dragão Oriental, o Guerreiro de Olhos puxados, com que João deve varias aulas de combate, com e sem armas, sim no coração daquele homem havia a honra de um Reino, não um Reino qualquer a Capital do Continente. Ele caminhou, enrolou farrapos nos pés para aliviar a dor de dias calçado, de repente ele sentiu um cheiro que conhecia muito bem, o de carne queimando e podia ver a fumaça ao longe, mas mais que algumas horas de corrida, ele agora tinha um dilema, talvez perder o rastro do Cavaleiro ou ajudar os cidadãos que ele jurou proteger faço-me mentiroso se não disser que ele chegou a continuar, mas quan tas crianças como Maria, Ariane e ele poderia estar ali precisando dele, se o caçador não tivesse ajudado sua amada, hoje ele sabe que seria incompleto, pois alem de amiga e esposa, Ariane era do seu jeito tão único, era a paz que ele precisava depois de tantas mortes e dor que via, ele correu novamente como se não houvesse amanhã, como se nada mais importasse e para ele nada mais importava, senão ajudar os seus semelhantes, ao chegar ao que sobrou da vila, o que viu fez suas presas se enterrarem em seus lábios, Trolls, não posso detalhar tamanha maldade, pois muitos chorariam, ao saber que eles não perdoavam ninguém, matavam homens e abusavam de cada mulher seja criança, jovem ou fêmea, o Troll mais próximo de João nem soube o que o matou, pois com um movimento a cabeça do troll rolou pelo chão de cinza e sangue, logo estava atacando o segundo, porém este já o havia visto, João havia abandonado o peitoral da armadura, sendo assim sabia que se fosse atingido morreria instantaneamente, se esquivou como uma artista marcial parecia um bailarino, dançando com sua espadas, que atingiu a parte de trás do joelho do troll, porém foi pego pela mão enorme do último troll e lançado ao chão, seu ossos pareciam ter se partido nas costelas, mas ele ouviu uma vez de outro oriental: “Quando se defende uma vida, não se tem o direito de ser derrotado, pois uma derrota ceifara duas vidas.”.
     Quando o troll tentou pisar nele, ele apoiou a espada no chão e fez com que atravessasse o pé do troll, que se afastou meu caro ouvinte, já viu ou troll ou lutou com um? Se disser que já sabe o que aconteceu.
     Mas duvido, então continuarei, mesmo afastando da área de ataque de João, o Troll poderia acertá-lo, era hora de ser mais lobo e menos humanos, e foi o que ele fez toda dor e tristeza do que tinha visto e vivido, veio à tona, seu olhos brilharam e ele passou a entrar e sair da área de ataque, como um lobo que cansa sua presa, apenas por saber que não poderia vencê-la em um combate direto, logo, os cortes e a irritação do Troll o fizeram tentar prender João, que deve apenas de segurar a espada na altura do peito e deixar que o maldito Troll fizesse o resto, ele estava exausto caído e com uma Troll sobre ele, ele mal tinha força para respirar, foi quando uma mão pequenina lhe tocou, era um menino de se muito seis anos, suas pequenas mãos estavam queimadas, seu rosto ferido, mas o olhar do garoto foi como um choque em João.
     - Senhor minha irmãzinha está presa na minha casa tem muito fogo e eu não consegui tira ela de lá. As lágrimas rolavam em abundancia dos olhos ferozes do garoto, João retirou o troll de cima dele e correu com o menino nos braços. – Ela está ali dentro senhor cavaleiro, ajuda ela.
João se lançou casa à dentro sem se importar com as chamas logo achou a menina, mas seu sangue novamente congelou, o menino que havia lhe pedido ajuda esta caído ali, de olhos abertos, morto, se um dia João tivesse a honra de conversar com uma Fada, ele perguntaria por que ele atraia as almas. Não havia tempo para pensar não ali, naquele inferno, saiu com a menina nos braços e ainda pode ver o sorriso do garoto, antes que os Semi - Deuses reclamassem aquela corajosa alma infantil. Posso dizer com a certeza que os Semi – Deuses existem que nem o temido Lobo de Ether não chorou ao saber que mesmo a morte, não era empecilho para um amor puro e verdadeiro, logo os poucos sobreviventes se reuniram ao redor dele.
     - Vocês não podem permanecer aqui outros trolls podem aparecer, reúnam tudo que tem e vão à capital, haverá abrigo e comida para cada uma de vocês. João retirou seu anel de lenhador e deu a uma aldeão. – Com isso saberá que eu os enviei.
     - Pobre João, morreu tentando salvar sua irmã Maria. Disse o aldeão.
     - Como disse que se chamava esta menina e seu irmão
     - João e Maria, em honra aos irmão que passaram por todas as provas e agora são exemplos para cada criança que sonha em vencer nestas terras... Se o aldeão soubesse que aquele homem ferido, sujo e cansado era o “João Hanson”, que tinha sido homenageado por aqueles pais que talvez ele nunca conhecesse, mas João não falou nada apenas chorou mais de soluçar como uma criança que descobre que pode salvar o mundo...
     *Eu poderia morrer agora, mesmo sem nunca termos estado aqui, Maria e eu fizemos a diferença, levamos esperanças e força para eles, descanse em paz menino João, sua irmã agora será minha protegida, sua morte não será esquecida.*.
     - Se os pais desta menina estiverem mortos, entregue-a no Quartel dos Cavaleiros de Hellsing e entregue o anel e diga que ele deve ser levada a minha casa onde minha esposa cuidará dela. Disse João, ele naquele momento não tinha mais medo de enfrentar o Cavaleiro Negro ou de morrer, ele sabia que muitos anos depois de sua morte seja hoje, amanhã ou daqui a muitos anos, ele seria lembrado, ele faria os filhos de pobres acreditarem que podem mudar seus destino, pois cada destino não é mais que um treino e todos sabem que na pratica e muito diferente, na pratica cada ação e vista pelos Semi- Deuses e eles são bons, eles honram cada uma com a exata medida.
     - Mas quem é o senhor que nos salva e quer que caminhemos dias até a capital? Perguntou uma mulher.
     - Sou um Cavaleiro de Henllsing, sou o Lobo de Ether, sou a criança que sobreviveu à casa de doces maldita, que pelejou com um cavaleiro na Mesa de Arthur, sou o que sobreviveu ao ataque de demônios de Aramis, sou filho de um lenhador que vendeu a própria alma por minha irmã e por mim, sou Sir João Hanson, sou o que agora tem de caçar uma assassino e não vai voltar ate que isso termine, por favor, tenham cuidado com este menina que agora é minha protegida, peço mais um favor diga a minha esposa que a amo. João não esperou para ver a reação dos aldeões correu para tentar achar novamente o rastro do Cavaleiro, depois de dias ele encontrou o rastro. Fraco, mas o suficiente para segui lo até Aramis se assim fosse preciso, mas não foi logo viu um castelo as margens do mar, nunca tinha ouvido falar daquele lugar, não poderia ter surgido do nada poderia? Havia mais daqueles demônios que o Cavaleiro arrastava como cães, ele se escondeu atrás de uma pequena colina e ali ficou observando cada detalhe daquele castelo, entrou no mar para ver o outro lado, não havia falhas no castelo, sendo assim não haveria uma maneira fácil de entrar, teria de lutar, teria de matar quantas criaturas fossem necessárias para prender o ser que haviam desequilibrado a balança dos poderes no Acaso, sem nenhuma maneira melhor de se aproximar, caminhou altivamente até os portões e começou a chamar o Cavaleiro.
     - Venha apara fora Cavaleiro Negro e enfrente a justiça do Rei dos Reis que eu trago a sua porta, pois se não sair entrarei e matarei cada criatura vinda do Aramis que cruzar meu caminho. Disse João, tão logo acabou de falar os portões se abriram e ele pode ver dezenas, talvez centenas de criaturas iguais a que matará e as que estavam nos muros. – Que o Semi – Deus Criador cuide da minha família caso seja este meu último dia, mas não recuarei... Em sua mente ele repetia sem parar:
“Na batalha se eu avançar... Siga-me. Se eu cair... Vingue-me. Mas se eu recuar... Mate-me!!!” Pois esta era a oração que ele ensinava ao seu pelotão, uma oração, um juramento, uma verdade para ele, esta exausto e mesmo as poucas partes da armadura que ele usava pareciam pesar toneladas, então ele retirou, e ficou esperando, porém as criaturas também pareciam esperar, elas iam até os portões mais não saiam, pareciam esperar a ordem de seu senhor, então ele apareceu.
     - Você realmente não sabe quando parar, por uma semana você me procurou e agora aqui está na minha porta. Perturbando minha paz, não reconheço seu reizinho perfeito, não aceito suas leis, elas me fizeram de mim o que sou as ordens de Reis que nunca se preocupam com o quanto aquilo vai destruir a vida dos outros, o seu Rei que mandou o próprio irmão para longe de casa, longe da única mulher que ele amou e amará até sua morte, a sua irmã que roubou o coração do segundo príncipe. As mãos do Cavaleiro Negro foram ao elmo e depois o deixaram cair só para fazer pelo terceira vez em uma semana o sangue e o coração de João parar, ele estava caçando ninguém menos que o Segundo Príncipe de Arzallum, Axel Branford, o homem que até hoje possuía o amor de sua irmã, João não tinha palavras para descrever o desespero que se encontrava, todo Reino dava Axel como morto, após há anos desaparecido, e agora ali estava ele, diante da face que tanta vezes ele quis parecer, o homem que o cedeu à primeira espada de verdade que usou o homem que era uma símbolo para seu povo. – Sim meu amigo, sou eu Axel, o homem que nunca pode ser feliz, pois retiraram tudo de mim, a mulher que amo e meu melhor amigo, não posso pedir que Maria largue o marido e venha se casar comigo, mas pude vingar o Muralha, como jurei diante do corpo dele.
     - Me diga que isso é um truque, que enlouqueci que você não passa de um demônio que agora assumiu a face de alguém que é precioso para mim, não me diga que o homem que era amado por cada cidadão pobre de Arzallum, virou um ser capaz de por todo Reino em risco por vingança, onde está o homem justo que segundo contam os bardo, foi testado e passou pelo teste de uma Fada? O homem que convenceu os Elfos do Nunca a irem à guerra por uma criança humana? Onde está o príncipe que ensinava aos garotos pobres a arte da espada?
A voz de João fraquejava nada no mundo o preparou para isso, ele esperava uma demônio, um feiticeiro, não um amigo, Axel caminhou na direção dele tranquilamente, caminhou sabendo que naquele momento estava vendo o desespero de alguém que nunca entenderia o que é viver com tanta riqueza e talvez a mais bela mulher de todo mundo e não ama-la, pois seu coração era de uma camponesa.
     - Deixe-me em meu exílio João, eu lhe imploro, não quero ferir você, você deveria ser parte da minha família e não é por quê? Porque Anísio queria manter um acordo de meu pai... O Maior de todos os Reis, ele ainda é chamado assim?
Havia desprezo, ódio e tristeza nas palavras de Axel, João olhava aquele rosto familiar, mas com um olhar tão diferente que não reconhecia mais Axel.
     - Sabe qual foram os últimos pensamentos dos Mestres Anões? Eles temiam pelo equilíbrio das forças, você por infantilidade colocou cada alma deste continente em risco, não há quem possa impedir a Bruxa de voltar agora... Disse João, que recebeu uma gargalhada de deboche como resposta imediata. – Quem será o próximo Axel? Seu irmão? Eu? O marido de Maria?
     - Eu a deterei, se nem os ditos Mestres Anões me venceram, não será uma bruxa que me vencerá. João sabe o que é não ter para onde ir? Não posso voltar para Arzallum, pois isso causaria uma guerra com o Nunca, pois depois de casado tudo que me manteve vivo, foi à vingança, eu roubei cada gota de conhecimento deles, não podiam me matar, mas me baniram, eu posso transformar qualquer matéria, como fiz com o martelo do Ira, posso criar estes seres a partir dos elfos que capturo, porém nunca poderei voltar para casa, pior que a morte e a solidão Cavaleiro de Hellsing e sabe disso, agora que me vinguei de Ira, posso ajudar cada pessoa que encontrar no meu caminho, Axel tocou no ombro de João e todas as dores cansaço e feridas desapareceram num brilho dourado. – Posso ensinar a alquimia para os povo, assim não haveria mais fome ou doenças que não pudessem ser curadas, tudo ha debaixo dos Semi – Deuses está ligado, assim apenas trocamos uma coisa por outra, como a vaca que come grama e depois acabar em nossas mesas. Não me queira mal João, não poderiam ajudar a ninguém ser antes retirar está mácula da minha alma, posso ser o próximo Arthur de Pendragon, já que matei o antigo Pendragon.
     - Você quer ser um Pendragon, com as mãos tão sujas como você as fez? Deixe de ser tolo Axel, você não é melhor que Jamil, lembra-se dele? O homem que sequestrou e fez seu pai ser parte de uma ritual de magia negra?
     Axel enlouqueceu a palma de suas mãos brilharam e pedras saíram do chão na direção de João que mal deve tempo de sair do caminho, dúzias de estagmites saíram do chão tentando estraçalhar o corpo de João que acabou sendo atingido por uma ou duas que fizeram profundos cortes em seu corpo.
     - Como se atreve me comparar com Jamil, tudo no mundo é uma troca, Ira me tirou meu melhor amigo, eu só queria retirar a vida dele, mas os outros se colocaram em meu caminho, como você faz agora Lobo de Ether, sendo assim você morrerá aqui, antes que o sol se retire do céu. Nem em luta contra bruxas terríveis João viu tão grande poder, nada parecia fazer efeito em Axel, sua espada não havia atingido nem mesmo uma vez Axel, foi quando João deve uma ideia, largou a espada e ficou imóvel, bem na frente de Axel. Foi uma atitude tão inesperada que nem Axel se móvel. – Vejo que aceitou sua derrota, assim não sofrerá tanto.
     Axel sacou de sua espada e caminho rumo a uma João, parado, quando Axel estava para dar o golpe final, João falou.
     - Até hoje minha irmã guarda o colar que você a deu, ela ainda espera te ver, uma última vez Axel, mesmo que nunca mais possa beijá-lo, mesmo que seja só para sofrer por dias com a tristeza de não ter o homem que ama, sabe o quanto ele sofreu por sua causa? Você culpa o Rei Anísio por seu sofrimento? Mas você poderia ter desafiado tudo e a todos por amor, Largado seu titulo por ela e não o fez. Agora vamos mate-me logo e cause mais esta dor na alma de minha irmã. João sabia que aqui era um golpe muito baixo e sem honra, mas ele tinha de voltar para casa, mesmo que naquele momento ele estivesse frente a frente a uma Axel com a alma destruída por suas palavras.
     Neste momento João se lançou ao chão pegando novamente sua espada em trespassando o coração já destruído de Axel. O sangue tocou lhe o rosto ao puxar a espada, Axel se segurou em João como num último abraço entre amigos que se despedem, lágrimas rolavam em ambas as faces.
     - Me mate João. Faça este favor para um homem que se perder. Axel se colocou de joelhos e pediu que toda solidão acabasse logo e que houvesse uma única chance gostaria de ser perdoado, pois só no fim viu a verdade, que um homem pode perder tudo, suas posses, seus títulos, seus amores, mas o que  Axel perdeu não lhe foi tomado, ele havia abandonado sua honra por vingança, uma vingança que cobrou não só a vida dele e do Mestre Anão Ira, poderia ter condenado cada cidadão do Acaso, ele colocou em risco seu maior amor, no céu uma estrela brilhou a Estrela de Gandhi, a Estrela do Perdão. – Quando eu tiver morrido minhas criações desapareceram, pegue os livros que achar e leia e depois entregue ao meu irmão, diga que é meu pedido de perdão.
     João chorava, porém atendeu ao pedido de Axel, um golpe limpo e rápido. Assim que o corpo de Axel tocou o solo João se ajoelhou e pediu que os Semi - Deuses perdoassem aquele homem que tanto bem tinha feito e tanto tinha sofrido em troca, como Axel disse os elfos distorcidos desapareceram, ele vagou pelo castelo, recolhendo os livros e comida, pois longa seria sua viajem de volta, montou no corcel negro e cavalgou ferozmente para casa... Parando apenas quando extremamente necessário, foi recebido por seu companheiros de Cavalaria que ouviram falar das mortes dos Mestres Anões e que João sozinho tinha ido caçar o assassino, apenas o Rei Anísio e a Rainha souberam quem era o assassino e mesmo assim apenas depois de fazer o Rei jurar que ninguém mais saberia... As três pessoas naquela sala choraram por todos os corações do mundo, este humilde contador de história só sabe o que sabe, pois as paredes têm ouvidos. Sei que pode ser só uma mentira, mas não me lembro de ter prometido a verdade absoluta.
     O jovem Cavaleiro de Hellsing, pode finalmente ir para casa onde encontrou Ariane, que já tinha a pequena Maria como filha e Maria também estava lá, com seu esposo o famoso Dom Juan deMarco... Depois de contar sua aventura faltando alguns detalhes, foi à sepultura de seus pais e refez seu juramento de ser honrado e merecedor dos sacrifícios feito para ele... Mesmo depois dos boatos se espalharem não há uma homem que possa jurar que Sir João Hanson, o Lobo de Ether, tenha confirmado.
 Fim
 
Atenciosamente: Justin Klaus Duncan